Estudo aponta que 22% da força de trabalho americana será remota até 2025

 Após experiência positiva com home office, empresas planejam manter o sistema no período pós-pandemia da Covid-19.

Cerca de 36,2 milhões de profissionais seguirão trabalhando remotamente nos Estados Unidos até 2025. O número corresponde a 22% da força de trabalho americana e representa aumento de 87% em comparação com o período pré-pandemia da Covid-19, quando em torno de 4,8 milhões de pessoas atuavam em home office no país. Os dados são do estudo “Future Workforce Pulse”, realizado pela Upwork, maior plataforma de vagas do mundo, em parceria com a Clearly Rated, empresa global em pesquisa de gestão de pessoas.

O estudo mostrou a aprovação dos gerentes de recrutamento ao modelo de trabalho à distância. Embora a opção das empresas pelo sistema tenha sido repentina, em função da necessidade do isolamento social, os benefícios têm sido observados com o passar do tempo.

Dentre os gerentes de recrutamento entrevistados, 68% afirmaram que a dinâmica do trabalho remoto tem funcionado melhor agora do que no início da pandemia da Covid-19. A maior produtividade da equipe e a flexibilidade foram citadas como principais vantagens do modelo remoto.

Outros aspectos positivos também foram apontados, como a redução de reuniões não essenciais, mencionada por 70% dos entrevistados, os prazos mais flexíveis (60%) e o fato de não ser necessário o deslocamento (54%). “Nossa pesquisa mostra o impacto duradouro que o trabalho remoto e a Covid-19 podem ter sobre como as lideranças pensam suas organizações”, afirma o economista-chefe da Upwork, Adam Ozimek.

Ele avalia que, a partir do momento que as empresas se adaptaram e observaram fatores positivos na experiência com o trabalho remoto, muitas passaram a repensar os planos de longo prazo. Assim, é esperada a manutenção desse modelo por muitas companhias.

 Cenário nacional

O comportamento observado nos Estados Unidos estende-se a outros países do mundo, inclusive ao Brasil. Pesquisa realizada pela Companhia de Talentos em parceria com a Fundação Instituto de Administração (FIA) da Universidade de São Paulo (USP) e a Xtrategie, também mostrou aprovação por parte das empresas ao modelo de trabalho remoto.

De acordo com o estudo nacional, 94% dos entrevistados relataram uma experiência positiva com o trabalho remoto e 63% pretendem continuar com a modalidade no período pós-pandemia da Covid-19, seja com toda a equipe ou apenas parte dos funcionários.

Produtividade e flexibilidade

Apontadas como principais fatores positivos do trabalho à distância, a produtividade e a flexibilidade devem ser incentivadas no dia a dia das empresas. Um aspecto que merece atenção redobrada quando a equipe não trabalha presencialmente é assegurar que todos estejam motivados para continuarem produzindo.

Algumas ferramentas podem auxiliar nesse estímulo, como é o caso dos benefícios flexíveis. Como o termo já diz, eles são mais uma forma de oferecer flexibilidade, pois garantem ao funcionário o direito de escolha sobre como será utilizado o recurso extra pago pela empresa. Vale ressaltar que, durante a pandemia, o comportamento e as necessidades das famílias foram modificados, portanto, a opção de definir como irá gastar o valor recebido é atrativa. 

É válido ressaltar que os benefícios flexíveis são vistos como adendos à remuneração mensal. Outros benefícios como o vale alimentação continuam sendo essenciais na visão dos empregados. 

O mesmo serve para o vale refeição. Os benefícios aumentam a motivação, o que resulta em maior engajamento e produtividade da equipe. Manter uma comunicação efetiva e transparente, dar feedbacks e desenvolver estratégias de reconhecimento são outras ações que contribuem para motivar os funcionários mesmo à distância.

Foto: Tima Miroshnichenko/Pexels

Comentários